Brasil tem potencial para liderar a produção de matrizes energéticas mais limpas

Entenda o que são energias renováveis e o que a ArcelorMittal tem feito em relação ao assunto

O Brasil é um país com abundância de recursos naturais e, por consequência, também de fontes renováveis de energia. Tendo em vista que o uso de combustíveis fósseis é um dos principais fatores que impulsionam as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), ligados ao aquecimento global, investir em matrizes energéticas mais limpas é fundamental. Podemos entender as “energias renováveis” como sendo aquelas que contam com recursos que dificilmente se esgotam. Algumas das fontes renováveis são eólica (gerada pelo vento), solar e geotérmica (produzida no interior da Terra). Há, ainda, a energia obtida a partir da biomassa, que é a matéria orgânica. Tais alternativas não são encontradas em abundância em todos os países, mas no Brasil, em razão dos recursos naturais existentes, a oferta é maior.

Para falar especificamente do contexto brasileiro, em razão das características geográficas, as fontes renováveis respondem por 48,4% da matriz energética do Brasil. O dado corresponde ao triplo do percentual global. O número é promissor, mas, segundo este relatório da CDP Latin America, precisa saltar para 73% até 2050 para que seja possível compensar as emissões de GEE no país, conforme proposto na Cúpula do Clima, em 2021. De acordo com o Boletim Mensal mais recente divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, na Oferta Interna de Energia (OIE) de 2022, as fontes renováveis deverão aumentar a sua participação, com maior contribuição de energia hidráulica (obtida por fluxos de água) e de produtos da cana-de-açúcar. O documento projeta a continuidade de altas taxas para as matrizes eólica e solar por aqui este ano.

Em paralelo, a transição já parece estar no radar de quem pode fazer a diferença. Um levantamento da Bloomberg New Energy Finance aponta que o Brasil deverá atrair 300 bilhões de dólares em investimentos de infraestrutura do setor energético até 2040, levando a um aumento de 189% da sua capacidade atual. Desse total, 90% serão provenientes de fontes renováveis, pela construção de usinas hidrelétricas, eólicas e de captação de biomassa. O estudo também indica que a energia solar deve crescer em 116 GW de capacidade instalada – um número expressivo quando lembramos que a capacidade atual do Brasil é de 157 GW.

O desenvolvimento da infraestrutura de energia renovável também será essencial para que o país construa uma economia forte, não apenas pelo abastecimento energético, mas também pela criação de empregos. Por impulsionar mudanças nas estruturas econômicas, a transição energética traz benefícios palpáveis por aquecer o mercado profissional, fator indispensável no fortalecimento de qualquer economia.

Um documento da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) destaca um aumento de cerca de 700 mil empregos no setor de geração renovável de energia em 2021, mesmo perante os efeitos negativos da pandemia. O relatório destaca o setor de biocombustíveis como principal empregador e pontua o número crescente de empregos em instalações eólicas e solares fotovoltaicas. O Brasil, aliás, ocupa a 6º posição na lista de países com maior capacidade instalada para o setor eólico e, de janeiro a setembro deste ano, elevou em 46% a sua capacidade de geração de energia proveniente do sol.

O uso de fontes renováveis também pode ser impulsionado pelo comprometimento da iniciativa privada, que vivencia uma transição por si só. À medida que a agenda ESG se espalha pelo universo corporativo, o compromisso com a descarbonização tem aumentado – e desenvolver processos e ferramentas que utilizem fontes renováveis é fundamental. Tal realidade já faz parte do cotidiano do Grupo ArcelorMittal, que, no último mês de setembro, lançou o vergalhão 50 S XCarb©, produzido com 100% de material metálico reciclado e 100% de energia renovável. Trata-se do primeiro produto XCarb© da América Latina, que reduzindo à metade a pegada de carbono.

Dois meses antes de divulgar o item, a companhia já havia concluído, no âmbito global, o primeiro investimento no fundo de inovação XCarb© em parceria com a Heliogen, empresa de tecnologia de energia renovável com foco no desenvolvimento e aproveitamento da energia solar. A Heliogen desenvolve um artefato singular: um campo de espelhos que atua como uma grande lupa para concentrar e capturar a luz do sol, posteriormente convertida em calor e eletricidade.

As iniciativas mencionadas são algumas das alternativas que a empresa tem adotado como parte da abordagem conjunta de escolhas que levam em consideração o compromisso com o planeta e as expectativas dos clientes, investidores e profissionais. A ArcelorMittal entende essas abordagens como o começo de uma série de mudanças que vão ampliar ainda mais o uso de fontes renováveis de energia no dia a dia da organização.